Alô meu povo balbinense, está no ar o programa manhã paraense

Com este bordão, o irreverente Delara, comanda na rádio comunitária Vale do Uatumã em 87.9 Mhz o programa de maior audiência aos sábados das 10 às 12 horas. Filho de Belterra, hoje com 55 anos, chegou solteiro em Balbina em agosto de 1980, transferido pela empresa Andrade Gutierrez onde já atuava em Santarém.

Em 1982 conheceu a sua atual esposa, Josenete Linhares numa das viagens a Belterra, namorou dois anos através de cartas e telefonemas, numa época em que não existia celular muito menos whatsapp e redes sociais, tinha que enfrentar fila para conseguir uma ligação, de modo a falar e escutar sua amada. No dia 30 de julho de 1984, casou na igreja católica no bairro de Educandos(Manaus), levando sua esposa para Balbina, onde nasceram deste relacionamento, 3 filhos, sendo um homem e duas mulheres.

Desde os tempos de estudante, atuou como DJ POPÓ, misturando nos vinil flashback e dance e no final dos anos 80 começava a cantar os bingos e quando os Trapalhões estiveram em Balbina em 1988, a diretoria da Andrade Gutierrez o chamou para ser o apresentador, daí em diante foi adquirindo facilmente um modo próprio de comunicação, posteriormente o Soró, responsável pelo torneio de futebol o convidou para narrar os jogos e como sempre gostou de ser comentarista esportivo, atua até hoje no torneio de futsal que anualmente é realizado em Balbina.

Delara também contribuiu na voz do ‘’seu’’ Ferreirinha e na voz alternativa dizendo no canal, e percebendo a sua desenvoltura no microfone, foi convidado em 4 de janeiro de 2012 a fazer parte dos comunicadores que compõem o quadro da rádio comunitária, apresentando um programa voltado para as comunidades do entorno da emissora, especialmente as da Am-240 desde a São Miguel, Fé em Deus, Vilas Atroari e Waimiri, no ramal da morena, as comunidades céu e mar, São José e São Jorge do Uatumã, PDS morena e ribeirinhos ao longo do rio Uatumã, e moradores das ilhas no lago que não perdem a oportunidade de escutar as boas do brega e do arrocha.

Torcedor fanático do Clube do Remo, mata as saudades da terrinha com notícias do oeste do Pará, devido ter uma legião de paraenses radicados na região e durante a semana, trabalha como agente de endemias, o que permite também conversar diretamente com seus ouvintes.

Por Paulo Pio