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A Voz das Cachoeiras


Desde sua criação, o ser humano sempre deu importância a aparência, isto não é de hoje, veja o exemplo de Eva, ela foi atraída pela aparência. Simplesmente hoje existem mais condições propensas para o exibicionismo, como: internet, fotos, cartazes, televisão, tudo isso de forma mais acessível e barata.

No meio disso existe um
paradoxo no qual a aparência e ressaltada grandemente. Por um lado alguns pregam as “vestes santas” usando roupas longas e não utilização de adornos e jóias, e do outro lado prega-se que a aparência não é importante, porém adotam uma atitude na qual a aparência se sobressai ainda mais, com utilização de roupas sensuais e extravagantes, jóias e adornos. Como se vê neste paradoxo todos dizem que o importante é o interior, porém mostram o contrário.

Em meio a tantos questionamentos, sobre a necessidade de se ter, ou não, boa aparência, Surge a figura de um profissional, onde ser belo ou não, não vem ao caso. O profissional da voz, o apresentador de eventos, o radialista, o comunicador, a "voz das Cachoeiras": Júlio Cesar Uchôa, o Julinho Uchôa.
 
  

Julinho Uchôa é amazonense, manauara, nascido na beneficente portuguesa, 50 anos de idade, 35 de profissão, de palco, de rádio fazendo essas apresentações de eventos, ai por todo o nosso amazonas. Julinho Uchôa, que já foi Julinho Bacana, está a 20 anos em Presidente Figueiredo fazendo o trabalho de locução. 

Há na cidade, quem não conheça a fisionomia desse rapaz, mas dificilmente, dentro do município, alguém vai dizer que não conhece sua voz. Para muitos, um cara criativo e rei do improviso. Para outros, o chato que fala demais durante os eventos e campanhas políticas, tendo prestado serviço, aos três últimos gestores do município.


"A gente que está em cima do palco, está diante de uma multidão e muitas vezes, as pessoas estão ali brincando com você, eu convido a turma pra participar, a turma vem, mas quando você olha pro outro lado, geralmente tem um cara te xingando: tu fala pra caramba e tal, e as vezes a gente treme na base. Penei pra eu conseguir superar isso ao longo desse tempo, agora eu tiro onda com as pessoas que ficam curtindo com a minha cara. 

Casos inusitados, eu tive vários, tive muitos ao longo dessa minha história apresentando política. O que mais me chamou atenção, foi o fato de não conseguir apresentar todos os políticos, então os outros políticos ficam chateados com isso e eu me lembro de uma época que eu estava apresentando um comício, quando eu vi eu já estava sendo cutucado com aquelas varas de bandeira, o pessoal já me cutucando, pedindo pra eu sair, puto, por que eu não tinha anunciado o candidato deles. Então acontece coisas parecidas, outra vez eu estava apresentando uma banda e assim na minha empolgação eu tropecei na caixa e foi um vexame total, dei umas roladas bacanas no palco mas levantei assim, dei a volta por cima e já fui tirando de letra". 

Segundo Julinho, novos apresentadores irão surgir na cidade pra dar continuidade ao seu trabalho, ele mesmo tem a preocupação de sempre dar a oportunidade as pessoas, algumas vezes até convida para irem ao seu programa na rádio. A dica que ele dá é ter muita determinação, força de vontade, estar bem informado e acima de tudo, ser bom de improviso.

  
  

   "Hoje eu sou um figueiredense de coração, vinte anos aqui dentro. Pretendo encerrar minha história aqui em Figueiredo. É uma cidade que eu escolhi pra viver eu não sei até quando, mas eu pretendo ficar muito tempo no palco. Eu tenho assim, uma gratidão imensa pela população de Figueiredo, por que foi um povo que me acolheu assim de coração e acolhe até hoje". 
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